quarta-feira, 10 de junho de 2015

Óculos brasileiros de realidade virtual!


O brasileiro que está animado com o crescente interesse do mercado de tecnologia pela realidade virtual, já conta com uma opção simples e barata de óculos que dá uma ideia do que vem por aí. A startup local Beenoculus desenvolveu um produto de mesmo nome que desde janeiro vem chamando a atenção. O motivo? Ele é acessível.
Cada unidade do Beenoculus custa R$ 129, fora um adaptador de R$ 19,90 para encaixar o smartphone. E aí tem o outro destaque: nada menos que 40 aparelhos são compatíveis com o produto, sendo que nem todos são top de linha, a exemplo do Moto G 2. O kit para desenvolvedores - que atualmente está indisponível - custa R$ 500, mas inclui um controle para jogos e um fone de ouvido (ambos Bluetooth), além do SDK com suporte para criação de games e aplicações.

O diretor de marketing da Beenoculus, Rawlinson Peter Terrabuio, diz que são produzidas 60 mil unidades por mês e a meta é vender 1 milhão em dois anos.


Olhar Digital testou os óculos e a conclusão é que a Beenoculus tem uma oportunidade boa em mãos, que é de iniciar os brasileiros num segmento que promete grandes novidades dentro dos próximos anos. A empresa diz ter duas missões, sendo a primeira democratizar o acesso à realidade virtual, algo possível graças a esse preço relativamente baixo.
A outra missão já é mais complicada, pois a Beenoculus afirma ter intenção de competir com os grandes players do mercado. Falta um pouco de "arroz e feijão" para isso ser possível. O acabamento do produto não é tão bom quanto o do Gear VR, da Samsung, ou do Oculus Rift, do Facebook. E a sensação de imersão, principal objetivo de dispositivos como este, não é alcançada satisfatoriamente, pois o processo de ajuste nem sempre chega ao resultado desejado e entra luz num ambiente que deveria ser totalmente virtual. Isso sem contar o grande atraso que há entre a movimentação do usuário e as animações que ele vê, algo que pode deixar a pessoa com náuseas.
São questões que a startup pode corrigir em versões futuras, mas como existe uma demanda de 60 mil unidades por mês, muita gente pagará por um par de óculos que não é capaz de entregar todo o potencial do mercado de realidade aumentada. É um produto de entrada, mas isso não significa que ele não vai evoluir a ponto de brigar de verdade com os grandes players.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Nuca mais ter que carregar seu celular já pensou?

tantos fios plugados nas tomadas que  por todos os lados logo logo nao vai mais existir! Uma nova tecnologia que promete distribuir energia elétrica sem a necessidade de fios já é realidade e está prestes a fazer parte do nosso dia a dia.

A ideia surgiu em 2002, quando um físico do Instituto de Tecnologia de Massachussets acordou no meio da noite incomodado com os “bips” do celular que acusava bateria fraca. Olhando ao redor, ele viu algumas tomadas a poucos centímetros de distância, mas sem qualquer disposição para levantar da cama e procurar um carregador. Foi a partir dessa noite mal dormida que o físico resolveu ampliar sua pesquisa sobre ressonância magnética para criar um sistema de transmissão de eletricidade sem fios.

O brasileiro André Kurs é um dos idealizadores do projeto. Há 13 anos, ele mudou para os Estados Unidos para estudar no MIT e fez parte da pesquisa original do projeto desde o início. Hoje ele é um dos fundadores da WiTricity, a startup que desenvolveu e aperfeiçoou a tecnologia.

Em poucas palavras, a tecnologia transfere energia elétrica através de campos magnéticos que oscilam a altas frequências que variam de 100 mil a 10 milhões de vezes por segundo, dependendo da aplicação. O sistema funciona com duas bobinas: a primeira serve como fonte da eletricidade, enquanto a segunda capta a energia transmitida. O alcance do campo magnético varia conforme o tamanho das bobinas. Em uma aplicação para carregar o celular alcançaria pelo menos meio metro de distância.

"Nós tivemos que otimizar a estrutura dessas bobinas e a tecnologia funciona a distâncias proporcionais aos tamanhos das bobinas", diz Kurs.
Há aproximadamente 100 anos, o engenheiro croata Nikola Tesla pesquisou bastante sobre a transmissão de eletricidade sem fio. Mas a estratégia, segundo o pessoal da WiTricity, era bem diferente – claro, a tecnologia também. Resumo da ópera: o projeto de Tesla ficou esquecido por boa parte do último século.
A novidade anunciada pela startup pode representar uma verdadeira revolução no mundo da eletrônica. Nos últimos anos de pesquisa e desenvolvimento, eles diminuíram bastante o tamanho do sistema para poder embarcá-lo em dispositivos móveis como smartphones, tablets e notebooks. A tecnologia de alimentação sem fio também já foi testada em TVs e até carros elétricos. Aliás, indo um pouquinho mais longe, a tecnologia poderia possibilitar a construção de uma estrada cheia de ressonadores para carregar carros elétricos em movimento. Já pensou?!

O que reforça a hipótese são os parceiros da startup; que prometem mais novidades em breve. A Toyota, por exemplo, anunciou recentemente que vai integrar a tecnologia no modelo híbrido Prius a partir de 2015. Para integrar sua tecnologia em outros produtos, a WiTricity também trabalha com outras grandes montadoras como Audi e Mitsubishi e até com grandes empresas de tecnologia como a Intel e a Foxconn, empresa de Taiwan que fabrica praticamente todos os produtos da Apple.

Agora, será que tudo isso é seguro? Os inventores da transmissão de energia elétrica wireless garantem que seus produtos seguem normas e regulamentos internacionais que determinam limites sobre o grau de radiação que um ser humano pode ser exposto.

"Nós estamos muito abaixo dos limites de segurança. São os mesmos limites que fabricantes de celulares tem de obedecer. Segundo as normas aceitas internacionalmente, o sistema é seguro", diz o fundador da WiTricity.

Mais do que isso, a eficiência energética da tecnologia sem fio da WiTricity é de 90% em casos de alto nível de energia – como é o caso do carro elétrico. E no caso de um smartphone, por exemplo, essa eficiência cai um pouco, mas ainda assim fica na casa dos 80%. Ou seja, o consumo de energia pela tecnologia sem fio é um pouco maior, mas nada que pese muito no bolso. E se pensarmos no fim dos fios...essa equação se fecha facilmente.

Bom, como dissemos, o grande desafio agora é incorporar a tecnologia aos produtos do nosso cotidiano. Mas se crescemos e vivemos acostumados – e às vezes até chateados – com tantos fios, talvez as próximas gerações nunca mais tenham que plugar mais nada na tomada.

"Nosso sonho é nunca mais ter que recarregar nenhum aparelho seu. Você pode deixá-lo em cima da mesa, ou no bolso, mas nunca mais ter que pensar em colocar algo na tomada", completa André Kurs.

(fonte: Olhar Digital)